Em sua própria concepção, Donna Cline, assessora técnico forense para processos de crimes na série Bones, pode ser um pesadelo. Não por ser idiota ou por passar a maior parte do tempo trabalhando em coisas mortas, mas porque é tão meticulosa que não deixa passar nada.
Antes de começarmos a matéria...
Storyboard são desenhos de como a cena deverá ficar quando gravada. É como uma história em quadrinhos que marca como cada sequencia de filmagem devera parecer. Ajuda na formação dos elementos de cena.
Cline esta constantemente se certificando se os casos analisados pela Dr. Temperance Brennan ( Emily Deschanel), estão o mais cientificamente precisos possível. Mas Cline que também é uma artista de storyboard com mestrado em desenho biomédico, sabe o que pode fazer. Ela se concentra no elenco, chega no set e faz com que os atores Emily e David ajam da forma correta com os cadáveres que aparecem na série. Só ela sabe o que se pode fazer.
"Sou como o pior pesadelo, poruque eu realmente quero que tudo pareça real" disse Cline. ''Por outro lado, sou uma artista de storyboard e cineasta também, então entendo a necessidade da parte dramática. É sempre uma boa dança.'' Ela centra-se no elenco, chega no set para fazer os atores Emily e David agirem corretamente com os cadáveres que aparecem na série. ''Os atores são incríveis", disse Cline. "Emily é chamada a fazer todos os tipos de coisas que são muito técnicas com os corpos, e entender como fazer sua linguagem corporal e seus diálogos de acordo com a cena. O jeito que ela faz... Ela é incrível".
Agora vamos conhecer um pouco mais de Cline em uma entrevista a Wired.com
Profissão: técnica forense e assessora técnica de Bones.
Trabalhos e carreira: foi storyboar na séria Arquivo X. Mestrado em ilustração biomédica. Faz ilustrações compostas de suspeitos para o departamento de policia de Los Angeles. Ja trabalhou em filmes, e tem mais de 20 anos de experiência.
Wired.com: Como você veio parar em Bones?
Donna Cline: Eu trabalhei nas ultimas três temporadas de Arquivo X, e neste momento os produtores de Judging Amy me pediram para fazer seus storydoards... Eu conheci nosso gerente de produção Jan DeWitt e o suporte principal, e eles me chamaram para fazer Bones após o piloto. Ele me ligou e disse: "Estas são suas coisas, é melhor você ficar aqui".
Wired.com: Que tipo de coisas você pergunta pra verificar os fatos da série?
Cline: Enquanto trabalho em um episódio que esta sendo filmado, já vou preparando o próximo. Basicamente, começo obtendo os scripts e fazendo os pontos de pesquisa necessários, ou no que vão precisar trabalhar. Ou se precisão inovar de como sair de um lugar e chegar a outro dramaticamente, eu posso lhes dar as razões para fazer isso.
Wired.com: Como você trabalha com os atores os diálogos e comportamentos?
Cline: Trabalho com o elenco para me certificar de que estão bem confortáveis com os detalhes técnicos que temos em Bones. Se tem a haver com dialogo e pronuncia, ou referencias visuais do corpo eu mostro para eles - eles recebem um pacote de instruções de tudo que vão precisar para cada episódio.
Wired.com: Você gasta tempo com eles no set?
Cline: No dia das filmagens, quando estamos no set, eu vou trabalhar com eles. Não só nas sutilezas e as nuances do que estão fazendo tecnicamente, mas também seus comportamentos não verbais, como eles agem diante de um corpo, e se parecem autênticos. Estou no set quando Emily e o restante do elenco esta fazendo algo técnico, como quando estão na sala de osso, sala de autopsia, na plataforma forense e nas cenas de crime.
Wired.com: Como você pesquisa essas coisas?
Cline: A forma varia. tenho uma enorme biblioteca de livros sobre patologia forense, para uma grande quantidade de especialistas. Quando preciso, os chamo. Eu possuo uma enorme quantidade de pessoas para ajudar sempre que preciso de especialistas e cirurgiões cardíacos. Outra coisa que uso é minha própria experiência. Apenas extintos que tenho desenvolvidos.
Wired.com: Então você precisa consultar artigos médicos para descobrir as coisas?
Cline: Essa é a beleza de Bones. Parte da série e completamente real. Começamos com a realidade e partimos de la. Porque trabalhamos com relacionamentos e humor dentro do contexto forense, nós tomamos algumas liberdades em termos de nossa tecnologia, e em nossos scripts. É um humor inteligente. Os scripts geralmente possuem camadas e as pistas podem estar desde a anatomia de um organismo inteiro, a um nível de órgãos ou tecidos e ate mesmo a nível molecular e celular. As pistas vão seguindo dessa forma. Nós nunca sabemos o que vai acontecer em seguida. Mas coisas muito interessantes acontecem no laboratório.
Wired.com: Falando em realidade, de onde vêm os ossos e órgãos?
Cline: É muito, muito difícil trabalharmos com alguma coisa real aqui. É latex, e eles são feitos pelo nosso departamento de maquiagem.
Wired.com: Em algum episódio teve algo que foi levado além do plausível?
Cline: Uma vez, tivemos um corpo que foi encontrado quase na vertical da cabeça aos pés em um circulo. Eu me perguntava: "Porque? O que isso significa?". O esqueleto foi encontrado em um ambiente industrial. A unica explicação possível é que ele tinha sido assassinado e colocado la. Mas nunca foi explicado no episódio e eu amo essa omissão.
Wired.com: Já teve algum erro que foi ao ar?
Cline: As vezes passa alguma palavra que não esta muito certa. Mas geralmente não acontece porque temos muitos olhos e filtros no show. Na verdade, ouve uma vez , e eu não sei como essas palavras se confundiram, mas havia referencia a fratura de um cerebelo. Isto é interessante porque faz parte do cérebro. Pode ser ferido, mas não fraturado. Mas quando você considera os milhares e milhares de detalhes com os quais temos de lidar, as vezes são centenas por episódio. Eu acho que nosso histórico é muito bom.
Fonte: Wired.com
Tradução: Anna Carolina.
anna,que noticia vc acha q o avo do booth vai trazer no episoido 4 ??
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